As tecnologias da Indústria 4.0 trazem possibilidades transformadoras para todos os setores da economia, na medida em que interconectam, automatizam e tornam inteligente todo o processo produtivo, auxiliando na tomada de decisões e criando oportunidades de negócios.
É o que explicou o engenheiro eletricista e promotor técnico da Reymaster Materiais Elétricos, Marcos Monteiro, durante uma palestra que integrou a programação de um evento do setor elétrico, que aconteceu de modo virtual.
O especialista esclareceu que as soluções 4.0 são aquelas que possuem o objetivo de solucionar os desafios das empresas em conexão, levar maior eficiência à fabricação e acesso a dados em tempo real de processos, parceiros, produtos e pessoas.
Em uma fábrica, por exemplo, isso é possível através de dispositivos que automatizam processos, como sensores e drives, e capturam informações e as disponibilizam de modo instantâneo, permitindo que os gestores façam uma análise mais aprofundada para decisões que levem a ganhos de produtividade. “O investimento ultrapassa as melhorias na eficiência da fabricação, atingindo todo o negócio com o objetivo de crescimento”, disse Monteiro.
Segundo o promotor da Reymaster, as principais vantagens da Indústria 4.0 são a eliminação de erros e desperdícios, melhoria de produtividade, ganho de tempo, antecipação de problemas, uso mais ativo das máquinas, minimização de custos operacionais, transformação de análise de dados em inteligência e criação de oportunidades para novos negócios.
Acompanhe as cinco soluções mais comuns da Indústria 4.0 utilizadas atualmente no Brasil e no mundo e que foram apresentadas pela Reymaster:
COMPUTAÇÃO EM NUVEM: também chamada de Cloud Computing, é uma tecnologia utilizada para acesso remoto a programas, arquivos e serviços por meio da internet. “Um exemplo dessa aplicação é a que está sendo utilizada em Curitiba, que está sofrendo um rodízio de abastecimento de água, não só devido à estiagem, mas também por erros e desperdícios no sistema de distribuição. Com um dispositivo em que é possível identificar o vazamento de água numa tubulação, o gestor é acionado para fazer a correção. Subindo essas informações na nuvem ele saberá instantaneamente em que ponto está acontecendo o vazamento para imediata manutenção”, explica Marcos Monteiro.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL: É a capacidade de se deduzir informações para serem aplicadas no comportamento dentro de um ambiente ou de uma máquina. “Como exemplo podemos citar a utilização de câmeras de visão na produção de uma linha de pisos cerâmicos. No final dessa linha um colaborador faz visualmente a observação se o produto está em bom estado ou não. Com a utilização de câmeras de visão é possível interagir com a automação da máquina, identificando se o produto está em conformidade com o padrão estabelecido. Isso evita a falha humana no processo e aumenta a produtividade”, comenta o engenheiro da Reymaster.
REALIDADE AUMENTADA: É a tecnologia que permite a inserção de elementos virtuais no mundo real. É realizada por uso de óculos ou tablets em comunicação com o sistema. Marcos Monteiro cita como exemplo um cliente que comprou uma máquina na Alemanha. O fornecedor preferiu não enviar seus colaboradores para o Brasil, mas, utilizando os óculos de realidade aumentada da Siemens, o engenheiro habilitado da Reymaster compartilha informações com a Alemanha, tornando o processo mais rápido e barato.
BIG DATA ANALYTICS: Os fabricantes estão utilizando esses dados para diminuir as falhas, aumentar a produtividade e disponibilidade de equipamentos. Seu papel é verificar detalhadamente os números e estatísticas da indústria. Sem o big data analytics, não haveria Indústria 4.0.
ROBÔS AUTÔNOMOS: São dispositivos que cumprem uma ação definida sem atuação humana. São compostos de sensores de posição, temperatura e controladores que realizam a análise de dados, executando tomadas de ações conforme programados. Os benefícios são eficiência da produção, eliminação de trabalhos repetitivos, prevenção de riscos e mais tempo de trabalho sem a necessidade de interrupção do processo.
Para implantar essas soluções, o engenheiro da Reymaster esclarece que não há um padrão definido, que resolva todos os problemas. “Cada caso é um caso. Assim, cada empresa deve seguir ou criar o seu próprio padrão, ou seja, o que melhor encaixa nas suas necessidades. Um bom começo é mapear o cenário atual, buscando aperfeiçoamento contínuo. Modernizar máquinas e equipamentos a partir de dados do processo produtivo, monitorar a eficiência da produção, analisar dados para tomar decisões. O indicado é sempre procurar por empresas ou profissionais especializados no assunto”, finaliza Monteiro.