A fonte nuclear vem ganhando holofotes em alguns dos principais fóruns de discussões do setor global de energia. A avaliação é da presidente do Nuclear Energy Institute (NEI), Maria Korsnick.
A especialista aponta que a fonte tem ganhado função de destaque no planejamento energético dos Estados Unidos. E tem assumindo assim um papel crucial nos planos de descarbonização da matriz elétrica do país.
Ao mesmo tempo, durante a COP 27, que será realizada em novembro no Egito, a expectativa é que a nuclear também ganhe destaque mais uma vez nas conversações. Assim como aconteceu na COP 26, em Glasgow, no ano passado. “A evidência é clara – o momento da nuclear certamente chegou”, disse Maria.
A presidente da NEI destacou que o governo dos Estados Unidos voltou a “nivelar o campo de jogo”, garantindo dessa forma o papel crucial da energia nuclear na descarbonização, ao lado de fontes renováveis como eólica e solar. O programa de crédito nuclear civil autorizado no pacote de infraestrutura bipartidário no ano passado deu às usinas um caminho para permanecerem abertas e continuarem servindo suas comunidades com energia limpa e acessível.
“A energia nuclear também esteve no centro do pacote climático mais abrangente aprovado em nossa história, a Lei de Redução da Inflação. As disposições fiscais da lei valorizam as usinas nucleares de hoje. E incentivam novas tecnologias de energia limpa, como a próxima geração de reatores nucleares”, afirmou.
Além disso, a presidente do NEI destacou ainda que legislaturas estaduais de todo o país estão procurando uma solução acessível, confiável e limpa. E estão descobrindo que a energia nuclear se encaixa nesse projeto. Em estados como West Virginia, Montana e Connecticut, vimos ações reais em apoio à energia nuclear, pois esses estados revogaram moratórias antiquadas para permitir a consideração de novas construções nucleares.
“Juntas, essas políticas impactantes ajudaram assim a colocar a energia nuclear no centro do palco em uma série de eventos climáticos e energéticos importantes que acontecem neste outono. A energia nuclear não é mais deixada de lado. Ela é uma parte central das conversas sobre clima e segurança energética que acontecem em reuniões internacionais críticas. Entre elas, o Fórum Global de Ação de Energia Limpa da Clean Energy Ministerial, em Pittsburgh”, apontou.
Maria Korsnick também destacou a forma como a fonte nuclear está presente em fóruns de discussões em alto nível. No final de outubro, em Washington, aconteceu a Conferência Ministerial Internacional sobre Energia Nuclear no Século 21, organizada pela Agência Internacional de Energia Atômica. Foi a primeira vez que o evento aconteceu nos Estados Unidos. E em novembro, Korsnick estará no Egito para a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP27. No evento, a energia nuclear deverá ter destaque nas conversas sobre segurança energética e descarbonização.
“Com investimento em inovação e políticas eficazes que valorizam a energia nuclear como a potência livre de carbono que é, estamos prontos para avançar na mitigação climática global e além. Além disso, é a fonte de energia mais bem posicionada para também impulsionar economicamente as comunidades vizinhas. Ela pode fornecer milhares de empregos de qualidade e de longo prazo e milhões de dólares em receitas fiscais”, disse a presidente do Nuclear Energy Institute (NEI), Maria Korsnick.
“A crise climática é uma questão global e requer uma solução global. Assim, enquanto os líderes mundiais e formuladores de políticas se reúnem em grandes eventos mundiais neste outono, peço-lhes que assumam a liderança dos Estados Unidos e dobrem seu compromisso com a energia nuclear. É a solução essencial para alcançar uma transição de energia limpa e acessível. É hora de seguir adiante”, concluiu.