Depois de mais de 3 milhões de imóveis ficarem sem energia por até cinco dias, o paulistano tem procurado alternativas para não passar momentos tão difíceis nesses períodos de interrupção do fornecimento pela concessionária. E, para alguns moradores da capital, o sistema híbrido de energia solar tem sido fundamental para minimizar assim os impactos desses apagões. Um desses exemplos é de uma residência em Alphaville, na grande São Paulo, que, além de manter a maior parte da casa em funcionamento, mesmo no caso de um apagão, conquistou uma economia de quase R$ 25 mil por ano na conta de energia.
A proprietária da residência, Márcia Rocha, explica que construiu a casa já com toda a estrutura preparada para receber um gerador a diesel, já que tinha conhecimento de que aquela é uma região onde as quedas de energia são frequentes. “Porém, um gerador, além do barulho e da fumaça, precisa de reposição periódica do diesel. Eu já fiquei quatro dias sem energia e eu teria que ficar reabastecendo o gerador o tempo todo. Além do gasto, é uma logística complicada”, explica a moradora.
Ela começou a avaliar a possibilidade de instalar um projeto de energia solar e, para garantir o abastecimento de energia a qualquer hora do dia ou da noite, optou por um sistema híbrido com baterias. Esse sistema permite usar energia solar durante o dia, à noite ou em períodos chuvosos, abastecer assim a residência com energia armazenada nas baterias.
“Desde que instalei o sistema, quando fico sem energia consigo trabalhar normalmente, minha mãe também fica muito confortável e tudo na cozinha em funcionamento. Ou seja, acaba a energia e nem percebo. Agora estou pensando até em ampliar o sistema para atender outros cômodos”, enfatiza Márcia Rocha.
Essa instalação também refletiu positivamente no bolso. A economia anual na conta chega a quase R$ 25 mil. “Eu costumava pagar em torno de R$ 1.500 na conta de energia, porém, nesse período com a bandeira vermelha eu pagaria quase R$ 3 mil. Agora o valor é de R$ 130 reais por mês. Com a economia, o equipamento se paga em 5 a 8 anos”.
“Este é um sistema híbrido com dois inversores bifásicos, duas baterias de lítio de 5,8 KWh de energia armazenada e 2,8 KWh de potência, capaz de atender uma carga de até 5,6KWh potência e 10,2 kWh de energia. O desejo das pessoas é unânime: a busca por conforto e segurança, sabendo que chegará na sua casa e não terá alimentos estragados na geladeira, os equipamentos necessários para sobrevivência estarão funcionando ou demais equipamentos que precisam de energia estarão em pleno funcionamento”, explica o engenheiro Matheus Henrique Marconi.
O sistema híbrido de energia solar também garante dessa forma a segurança energética e tranquilidade a uma residência de veraneio de São Roque. Porém, a proprietária, que possui residência fixa na capital paulista, decidiu implantar o mesmo sistema na sua casa em São Paulo. A motivação para ampliar esse sistema a dois imóveis é de que os inversores e baterias garantam assim a autonomia e segurança energética em casa, especialmente em situações como a interrupção prolongada de energia pela concessionária.
O sócio da Plug Solar Energia e responsável pelas Áreas de Operações e Marketing, Caio Lucena, explica que esse foi um projeto de modernização do sistema fotovoltaico existente. Agora, a residência conta com 1 inversor e 2 baterias da SolaX Power, além de 27 painéis solares.
“Nos dias de sol intenso, a residência praticamente se mantém com o inversor, quase sem precisar da bateria. Já quando não há sol, utiliza a energia que ficou armazenada”, explica Caio. E completa: “E esse projeto acabou sendo uma vitrine. A residência vizinha começou a perceber que, em qualquer ocasião de falta de energia, especialmente nesse último apagão, a casa permanecia abastecida. Então, resolveu colocar um sistema de armazenamento também no seu imóvel”, explica Caio.
Lucena ainda ressalta: “O consumidor que busca um sistema híbrido quer ter a tranquilidade de não ser afetado pelos impactos da falta de energia, especialmente no caso de um apagão com duração prolongada. E, nesse cenário, com um inversor híbrido, a prioridade é carregar as baterias. Em seguida, manter as cargas da casa ou comércio funcionando com os módulos fotovoltaicos. Se ainda houver energia excedente, ela é injetada na concessionária de energia, gerando créditos que podem ser usados quando o consumo da casa ou do comércio for maior que a geração de energia do mês”, completa.