A Real Aviation, empresa brasileira de ground handling, iniciou no final de julho operação 100% elétrica no Aeroporto de Confins, em Minas Gerais. Com investimento de R$ 5,2 milhões em sete equipamentos (um rebocador, seis tratores e duas esteiras), será assim a primeira empresa do setor na América Latina a operar com veículos elétricos. Só no primeiro dia, 10 voos foram atendidos em Confins sem emissão de gases.
Neste investimento inicial, a Real Aviation, em contrato exclusivo com a Latam, irá atender 50% dos voos diários da empresa em Confins com a nova tecnologia. Até o final de 2023, a intenção é ampliar a operação para 100%.
“Estamos aguardando a chegada de novos equipamentos, o que não é uma tarefa fácil de importação, com prazos que chegam a quatro meses. Por isso, também fizemos um desenvolvimento de equipamentos junto à startup brasileira, YAK, de Santa Catarina, criando modelos inovadores em tecnologia”, afirma Adriano Bruno, CEO da Real Aviation.
Até o final deste ano, a empresa receberá assim mais quatro esteiras elétricas e cinco tratores elétricos. A operação para a recarga de água e retirada de dejetos das aeronaves também já é feita no modal elétrico.
Os rebocadores têm autonomia de 30 operações e as esteiras podem funcionar oito horas ininterruptamente sem recarga. Com baterias de lítio, elas demoram portanto apenas duas horas para a recarga completa. “Se necessário, conseguimos fazer uma recarga parcial para atender dessa forma as operações extras”, afirma Adriano. A operação elétrica irá reduzir em 70% os gastos mensais da empresa, em comparação ao consumo de diesel. “Nossa aposta é para ampliar assim nossas operações nos demais aeroportos, rumo à sustentabilidade”, afirma Adriano.
O BH Airport investiu R$ 26 milhões na construção de uma subestação elétrica e de pontos para recarga para iniciar a operação sustentável, que deve ser estendida para outras companhias. A Latam pretende ter a operação 100% elétrica em Confins até 2023 e pretende levá-la para o aeroporto de Brasília nos próximos anos.
Nesta primeira iniciativa em Confins, com a substituição dos veículos a diesel, a LATAM deixará de emitir 114 toneladas de CO2 nos próximos 12 meses.