A Usina Hidrelétrica Teles Pires, localizada entre os estados de Mato Grosso e Pará, investiu R$10 milhões para a proteção e preservação da Floresta Amazônica. Desde a sua inauguração, em 2015, foram beneficiados por meio do Programa de Recomposição Florestal e da implantação da Área de Proteção Permanente (APP) 20 mil hectares, área que equivale a 28 mil campos de futebol. Até 2030, está previsto o plantio de 2 mil hectares de mudas nativas. As iniciativas estão alinhadas ao objetivo da Neoenergia de contribuir para a conservação da biodiversidade.
“As ações beneficiam todo o ecossistema local, protegendo nascentes e olhos d’água, reduzindo a erosão do solo e o assoreamento dos rios, equilibrando o clima e proporcionando abrigo e alimentação para os animais. A preservação da floresta é também uma importante aliada no combate às mudanças climáticas, que é um dos compromissos da companhia”, afirma o superintendente de Operações e Engenharia de Hidráulicas da Neoenergia, José Paulo Werberich.
Entre as áreas, estão cerca de 15,5 mil hectares de floresta que se encontram em estágio avançado de preservação, já apresentando grande diversidade de espécies da fauna e flora amazônica. Além disso, aproximadamente 955 hectares de áreas degradadas foram reflorestados por meio do plantio de mudas nativas e 978 hectares serão regenerados de forma natural, em áreas protegidas do uso antrópico, possibilitando a condução da sucessão natural por meio do favorecimento da biodiversidade regional.
O plantio das mudas nativas da região é realizado na APP do reservatório do empreendimento, que tem 194 quilômetros quadrados de área de preservação. Algumas dessas espécies são o Cedro-rosa (Cedrela fissilis Vell.), o Ipê amarelo (Handroanthus serratifolius (Vahl) S.Grose) e o Mogno (Swietenia macrophylla King).
As mudas são oriundas do viveiro Eco Vida, localizado em Paranaíta (MT), mantido pela usina em um local disponibilizado pela prefeitura da cidade. Como parte da parceria, a UHE Teles Pires fornece ao município 50 mil mudas por ano, que ajudam na recuperação do passivo ambiental em propriedades rurais. O viveiro tem capacidade de produção anual de 600 mil mudas, de 275 espécies. Mais de 1 milhão foram encaminhadas para plantio até 2020.
“Os estudos feitos nas áreas de floresta são realizados desde 2014 e encontraram uma alta diversidade, com a presença de muitas espécies raras. O programa inventariou 6.322 árvores de 322 espécies diferentes e outras 2.690 plantas de 254 espécies que compõem a floresta na área de implantação do empreendimento e no entorno do reservatório. Toda foram catalogadas e são periodicamente monitoradas, para a sua proteção. Durante os estudos, novas espécies foram encontradas, como a orquídea batizada de Catasetum telespirense Benelli & Soares-Lopes”, afirma Daniel Novaes, engenheiro da Diretoria Hidráulica Renováveis da Neoenergia.
Com o monitoramento, é possível avaliar a necessidade de atividades como o replantio de mudas. Entre 2018 e 2020, foram replantadas mais de 70 mil mudas, para aumentar o movimento de genes das árvores nativas, importante para garantir que elas mantenham suas características e evitar o surgimento de novas espécies.
Programas socioambientais
A UHE-Teles Pires já investiu R$565 milhões em programas socioambientais e para as comunidades indígenas da região e mais R$160 milhões serão destinados a essas iniciativas nos próximos 10 anos. Foram realizadas 25 obras em saúde, 14 em educação, 11 em infraestrutura cultura e lazer e três em segurança pública, três em assistência social. Em 2021, devem ser concluídas a Casa de Cultura e Memória de Paranaíta (MT) e a sala anexa ao Museu de História Natural de Alta Floresta (MT). O empreendimento já gerou para os governos locais R$100 milhões em impostos municipais e R$100 milhões em impostos estaduais, além de R$180 milhões em royalties, recursos que podem ser aportados em benefício da população.
UHE Teles Pires
A usina hidrelétrica é uma das mais eficientes do Brasil, com capacidade instalada de 1.820MW, energia suficiente para abastecer aproximadamente 13,5 milhões de pessoas. Foram investidos na sua construção R$4 bilhões.
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