A Connectoway reuniu, em outubro, em Recife, diversos players do mercado de energia solar do Brasil para o lançamento oficial da sua nova vertical de negócios, a Connectoway Solar, focada na distribuição de equipamentos para sistemas fotovoltaicos.
Foram debatidos temas como: tendências de mercado, novas oportunidades, gestão de negócios, legislação e tecnologia. Entre os palestrantes, representantes de entidades e empresas que lidam diretamente com a geração de energia solar. Na plateia, empresários do setor de geração distribuída de todo o Nordeste.
Para o CEO da Connectoway, Carlos Cartaxo, o evento sinaliza a empresa como uma das principais distribuidoras de equipamentos solares no Nordeste. “A Connectoway enfatiza a importância da pauta do meio ambiente, a questão ESG (desenvolvimento, sustentabilidade e governança) que envolve a economia e a sociedade. A empresa está portanto sempre preocupada em oferecer soluções de ponta e, neste momento, soluções verdes que contribuem para a sustentabilidade”, afirmou Cartaxo.
O head da Connectoway Solar, Luzer Mendes, avalia o evento como um divisor de águas na geração de novos negócios. “Conseguimos dessa forma reunir empresas integradoras que estão buscando por inovação e capacitação. Empresas que querem se preparar para novas regulações do mercado e que compreendem assim a gestão como um fator importante”, disse o executivo.
O presidente da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), Ronaldo Koloszuk, destacou a capacidade de expansão do setor. A expectativa é que até o ano de 2040, a energia solar se torne a primeira fonte geradora do Brasil. “Estamos em um setor exponencial, com a presença cada vez maior de carros elétricos e hidrogênio verde. O Brasil e o Nordeste têm uma perspectiva grande de ser uma Arábia Saudita da energia solar no mundo. E ser portanto um grande exportador de energia”, afirmou.
Na visão do CEO da Greener, Márcio Takata, o mercado de energia solar é de longo prazo e dessa forma muito sujeito a mudanças tarifárias e tecnológicas, que podem gerar novos modelos de negócios. “A energia solar vai se tornar a principal fonte geradora e, com isso, vêm outras ações como tecnologia, assim como novos modelos de negócios embarcados. É preciso estar preparado. Esse é um mercado altamente competitivo, com pressão grande por preços e que tem um consumidor que muitas vezes não está preparado para a qualidade. O posicionamento das integradoras deve ser como um provedor de soluções com diferencial de qualidade para que o consumidor final comece a entender a relevância disso”, explicou o executivo.
A advogada Bárbara Rubim, vice-presidente da ABSOLAR e CEO da consultoria Bright Strategies, falou sobre as mudanças que a Lei nº 14.300/2022 trará para o setor. A nova legislação, que entra em vigor em janeiro de 2023, institui o marco legal da microgeração e minigeração distribuída, o Sistema de Compensação de Energia Elétrica (SCEE) e o Programa de Energia Renovável Social (PERS). Na avaliação da especialista, o impacto da nova legislação para a maioria dos consumidores será mínimo, pois altera poucos itens, como: tempo de retorno do investimento e a taxação da geração.
“Há um real impacto, mas o medo do impacto que o Marco Legal irá trazer é muito maior. É preciso compreender essas mudanças e saber trabalhar isso com o consumidor final. O impacto é quase irrisório quando comparados às oportunidades trazidas pela Lei 14.300/2022”, explica. Entre essas oportunidades, Bárbara cita a geração de energia solar para condomínios, que poderão fazer a instalação remota e enviar o crédito para o local, a unificação de titularidade na geração para redução de ICMS e o crescimento de fronteiras para mercado livre de energia, onde o cliente poderá escolher o fornecedor e assim gerar sua energia.
Participaram dos painéis, ainda, Letícia Custódio, da Longi, e Matheus Rodrigues, da Trina Solar, abordando a necessidade de investimento constante em pesquisa e desenvolvimento; Roberto Valer, da Huawei, e Chen Chien, da Kehua, que abordaram a qualidade do atendimento ao consumidor; e ainda Pedro Drummond, de RH Renováveis, Jocelino Azevedo, da Baterias Moura, Lucas Pimentel, da Cortez Pimentel Advogados e Fábio Azevedo, da Merx Energia.