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Engerey amplia unidade fabril para atender novos mercados em 2021

A Engerey, fabricante de painéis elétricos com sede em Curitiba (PR), está ampliando sua unidade fabril, a fim de atender à demanda por painéis elétricos que ocorreu no mercado.

Unidade fabril em Curitiba, no Paraná.

Segundo a direção da empresa, o crescimento deve-se à retomada da economia em geral, que ficou estagnada durante o período de pico da pandemia de Covid-19. Além disso, a alta também está relacionada à abertura realizada pela Engerey para novos mercados.

O CEO Fábio Amaral explica que o período de instabilidade no início da pandemia levou a empresa a realinhar suas estratégias e a enxergar novos mercados para seus painéis certificados, quadros de distribuição, automação, tomadas e uma série de outros produtos voltados à gestão elétrica de empreendimentos.

Então, optou-se pela diversificação de mercados e os escolhidos foram as regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste do Brasil. Para isso, foram e estão sendo contratados representantes nessas regiões para captação de novos clientes, já que a carteira de clientes da empresa era fortemente concentrada no Sul do País.

“Durante a pandemia, nossa estratégia foi abrir novos mercados. Enquanto o Sul tinha suas atividades restringidas a ações de distanciamento social para contenção do Coronavírus, focávamos nossa ação no Norte e Nordeste e vice-versa, por exemplo. Assim, mantivemos nosso faturamento durante o período de crise e, hoje, com a retomada, esta ação foi revertida em crescimento acelerado e novos investimentos na nossa unidade fabril em Curitiba”, conta Amaral.

Para suprir o grande número de pedidos, a empresa contratou novos profissionais para a montagem de painéis e expandiu sua fábrica, que agora totaliza 2,5 mil metros quadrados.

A movimentação impacta diretamente na capacidade produtiva da empresa em mais de 20%, mesmo percentual de crescimento esperado para o ano de 2021 com relação a faturamento.

Fábio Amaral, CEO da Engerey

Painéis certificados

Outro aspecto que garantiu grande penetração da empresa em novos mercados foi o seu foco na fabricação de painéis elétricos certificados. Cerca de 70% desses equipamentos no Brasil não atendem às normas e o fato de a Engerey ser rigorosa com a certificação de seus painéis se tornou um grande atrativo.

Amaral explica que existem duas normas atualmente em vigor no Brasil para painéis elétricos certificados: a ABNT NBR IEC 60439 –, que deixará de ter validade no final do ano de 2021 – e a ABNT NBR IEC 61439 –, que foi publicada em 2016 e, após um período de adequação de cinco anos, em 2022, passará a ter obrigatoriedade de conformidade.

Porém, elas são de uso facultativo no Brasil, já que o que as tornam obrigatórias são as suas regulamentações. E o que regulamenta a norma para painéis elétricos são as legislações vigentes, que se resumem à portaria 414 da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), ao Código de Defesa do Consumidor e à NR-10.

A primeira estabelece as condições gerais de fornecimento de energia elétrica e o Código diz que ninguém pode fornecer um produto que não esteja de acordo com as normas que ele precisar atender.

Já a NR-10 descreve os procedimentos para manipulação de painéis elétricos e outros tipos de instalações elétricas, estando mais ligada à segurança no trabalho – aplicando-se não apenas às pessoas que terão contato diário direto com os painéis elétricos, mas também aos funcionários responsáveis por sua instalação.

“Contudo, o que poucos sabem é que, em caso de sinistro, todos podem responder. A lei seguirá a norma vigente e a responsabilização recairá sobre todos os envolvidos. Isso modifica consideravelmente o modo como a certificação deve ser encarada no Brasil”, avalia Fábio Amaral.

Segundo o especialista, mercados específicos têm optado mais por painéis ensaiados, pois enfrentam situações que exigem confiabilidade, como data centers, hospitais, aeroportos, shopping centers e indústrias, onde o custo é muito alto em caso de paralização. “No entanto, estes produtos são indicados para todos os tipos de instalações: de residenciais até comerciais e industriais. Então, há muito o que avançar ainda no Brasil”, finaliza.

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