O setor solar fotovoltaico deve alcançar nos próximos meses a marca de 1 milhão de empregos acumulados no Brasil, segundo projeções da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). De acordo com a entidade, o País possui atualmente 32 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica, somando as usinas de grande porte e os sistemas de geração própria de energia em telhados, fachadas e pequenos terrenos, o equivalente a 14,7 % da matriz elétrica nacional.
A fonte solar já trouxe ao Brasil, desde 2012, cerca de R$ 155,2 bilhões em novos investimentos, mais de R$ 45,1 bilhões em arrecadação aos cofres públicos e gerou, até o final de julho deste ano, mais de 960 mil empregos acumulados. Com isso, também evitou a emissão de mais de 40,6 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade.
Para Harry Neto, head da divisão de energia solar da WEG, fabricante global de equipamentos eletrônicos e fotovoltaicos, a fonte solar continuará a crescer de forma significativa no Brasil, com mais emprego, renda e investimento. “Com uma demanda de energia alta e uma excelente irradiação solar, o país tem perspectivas promissoras de incorporar cada vez mais energia solar à sua matriz energética a médio e longo prazos’, diz.
Já Felipe Santos, diretor comercial pela América Latina da DAH Solar, fabricante de módulos chinesa com atuação desde 2009, que exporta para mais de 100 países e tem o Brasil como seu principal mercado, reforça que, além da geração de emprego, a energia solar é especialmente democrática, pois permite que o usuário final, de todas as classes sociais, produza sua própria energia com mais autonomia, controle e previsibilidade. “Adicionalmente, as demais tecnologias, como os veículos elétricos e o hidrogênio verde, vão impulsionar ainda mais o mercado solar. Com o maior uso de veículos elétricos, por exemplo, haverá aumento de demande por energia renovável. E o hidrogênio verde também abre um leque de novas oportunidades com a energia solar”, conclui.