O Rio Grande do Sul está entre os três estados brasileiros com maior potência instalada de energia solar na geração própria em telhados e pequenos terrenos. Segundo recente mapeamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), a região acaba de ultrapassar 2,2 gigawatts (GW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
A potência instalada no Rio Grande do Sul coloca dessa forma o estado na terceira posição do ranking nacional da ABSOLAR. Segundo a entidade, o território gaúcho responde assim sozinho por 10,3% de toda a potência instalada de energia solar na modalidade.
O estado possui mais de 262,5 mil conexões operacionais, espalhadas por 497 municípios, ou 100% dos 497 municípios da região. Atualmente são mais de 351 mil consumidores de energia elétrica que já contam portanto com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade elétrica.
Desde 2012, a geração própria de energia solar já proporcionou ao Rio Grande do Sul a atração de mais de R$ 12,2 bilhões em investimentos. Além de gerar mais de 70 mil empregos e arrecadar assim mais de R$ 3,1 bilhões aos cofres públicos.
Para Mara Schwengber, coordenadora estadual da ABSOLAR no Rio Grande do Sul, o avanço da energia solar no país é fundamental para seu desenvolvimento social, econômico e ambiental. Ele ajuda a diversificar o suprimento de energia elétrica do País. Além de reduzir a pressão sobre os recursos hídricos e o risco da ocorrência de bandeira vermelha na conta de luz da população.
“O estado do Rio Grande do Sul é atualmente um importante centro de desenvolvimento da energia solar. A tecnologia fotovoltaica representa um enorme potencial de geração de emprego e renda, atração de investimentos privados e colaboração no combate às mudanças climáticas”, comenta.
Para o presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, o crescimento da geração própria de energia solar fortalece a sustentabilidade e protagonismo internacional do Brasil. E alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros.
“A fonte solar é uma alavanca para o desenvolvimento do País. Em especial, temos uma imensa oportunidade de uso da tecnologia em programas sociais, como casas populares do programa Minha Casa Minha Vida, na universalização do acesso à energia elétrica pelo programa Luz para Todos, bem como no seu uso em prédios públicos, como escolas, hospitais, postos de saúde, delegacias, bibliotecas, museus, parques, entre outros. Isso ajuda a reduzir os gastos dos governos com energia elétrica. E dessa forma, eles têm mais recursos para investir em saúde, educação, segurança pública e outras prioridades da sociedade brasileira”, conclui Sauaia.