Residência de Indaiatuba (SP) é 100% independente da rede elétrica e economiza R$ 50 mil em energia por ano

Residência de Indaiatuba (SP) é 100% independente da rede elétrica e economiza R$ 50 mil em energia por ano

Com todos os transtornos provocados pelos apagões, como o mais recente ocorrido na capital paulista, com milhões de pessoas impactadas pelos seis dias na interrupção de fornecimento da energia, começaram a ganhar mais visibilidade as alternativas para minimizar esses impactos para a população. E uma das soluções mais eficientes é a instalação de um sistema de armazenamento de energia. Apesar de ainda ser algo novo no país, essa tecnologia já começa a conquistar espaço. Em Indaiatuba (SP), por exemplo, está localizado o maior projeto de sistema híbrido de energia solar do país, que garantiu a uma residência independência da rede elétrica e uma economia em torno de R$ 50 mil por ano na conta.

O projeto com mais de 2.000m² foi desenvolvido pela Renew Energia, com equipamentos da SolaX Power. É uma modernização de um sistema existente com microinversores, que estava ativo desde 2023. Agora, a residência conta com 4 inversores SolaX Power, 12 baterias SolaX e 44 painéis solares, com uma potência total de 33.2KW em inversores híbridos que, somados ao gerador existente, com os microinversores irão entregar assim mais de 50KW de potência.

“O Brasil começa a trilhar o caminho que vem sendo percorrido por muitos países, como Alemanha e EUA, que já utilizam os sistemas de armazenamento de energia em larga escala. Os eventos climáticos extremos, aliados a interrupções frequentes de energia pelas concessionárias, contribuem para impulsionar o uso dessas soluções como sinônimo de segurança e independência enérgica. E, para um projeto desse porte, é necessária tecnologia de ponta, que atenda dessa forma às necessidades e expectativas do cliente”, destaca o diretor-executivo da SolaX Power no Brasil, Gilberto Camargos

“É justamente essa segurança e inovação tecnológica que a SolaX oferece a clientes de 80 países, incluindo o Brasil. Considerando o potencial desse mercado no país, a empresa tem expectativa de triplicar seu crescimento neste segundo semestre de 2024, em comparação ao primeiro semestre”, destaca o diretor-executivo.

Vale esclarecer que a geração de energia solar fotovoltaica pode ser on-grid (conectadas à rede elétrica), por meio da qual o excedente é enviada para a rede de distribuição e, em troca, oferece uma compensação em créditos de energia solar na conta de luz. Também pode ser off-grid, que funciona de forma autônoma, com baterias, quando não há a presença da rede elétrica pública.

A inovação está no sistema híbrido, que reúne o melhor dos dois mundos. Com o uso de baterias de lítio de alta performance e altíssima durabilidade, a energia excedente que é gerada, é armazenada para ser usada em períodos quando não há sol suficiente, como o noturno ou chuvoso ou mesmo quando falta energia da concessionária.

Mas não é só isso, o gerador híbrido permite que o cliente reduza o uso de energia da concessionária, mitigando ou, como nesse projeto, eliminando os efeitos da tarifação da lei 14300/22 (Fio B), bandeiras tarifárias, ICMS e taxa de iluminação pública ao mínimo, maximizando assim a economia e o payback do investimento.

“O sistema está preparado para manter 100% do imóvel em funcionamento, com todos os equipamentos que ele possui. As baterias de lítio garantem autonomia mínima de 48 horas, baseado em um cenário no qual não há abastecimento de energia da distribuidora, de forma que a casa permanece operando normalmente, exceto para os aparelhos de ar condicionado central, bombeamento e aquecimento da piscina. Porém, essa autonomia é conservadora, pois todo o sistema leva menos de três horas para realizar uma recarga completa das baterias quando há sol. Já realizamos um teste que comprovou sete dias de autonomia desse sistema, sem dependência da rede. Em média, ele utiliza apenas 23% da bateria para suprir o autoconsumo da casa durante a noite ou períodos sem sol”, explica o diretor-geral da Renew Energia, Eduardo Nicol.

“O investimento para um sistema desse porte gira em torno de R$ 380 mil. A princípio, é um valor alto, mas a segurança energética e a garantia de não ter prejuízos maiores provocados por quedas recorrentes e prolongadas de energia, são fatores decisórios primordiais para uma parcela cada vez maior da população”, explica Nicol.

O diretor-geral da Renew Energia pontua ainda o potencial de crescimento do mercado para o sistema de armazenamento de energia, tanto para o setor residencial como para o comercial e industrial no Brasil. “No residencial, as baterias são uma ferramenta para garantir paz de espírito e segurança energética, evitando a dependência total das redes de distribuição”. Além disso, é a única solução para se proteger dos encargos do uso da rede, possibilitando o aumento do nível de simultaneidade e, com isso, menor índice de energia injetada ou compensada da rede”. Ele ainda acrescenta: “Com o agravamento da crise climática e a ocorrência de eventos extremos cada vez mais frequentes, os sistemas híbridos são, com certeza, a solução sustentável, de baixo custo de manutenção e virtualmente ilimitada para garantir segurança a comunidades afetadas por esses problemas. Isso inclui condomínios e pequenas comunidades que podem se tornar independentes ou semiautônomas”.

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