O Acre possui atualmente mais de 4,88 mil conexões operacionais de energia solar em telhados e pequenos terrenos. Elas estão espalhadas por 21 cidades, ou 95,5% dos 22 municípios da região. Os dados são da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR). Atualmente, são mais de 5,4 mil consumidores de energia elétrica que já contam assim com redução na conta de luz, maior autonomia e confiabilidade elétrica.
Conforme mapeamento da ABSOLAR, os acreanos contam com um excelente potencial para o desenvolvimento da fonte solar fotovoltaica por meio da geração própria. O estado possui 61,7 megawatts (MW) em operação nas residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos.
Desde 2012, a geração própria de energia solar já proporcionou ao Acre a atração de mais de R$ 300 milhões em investimentos. E gerou mais de 1,85 mil empregos e a arrecadou assim de mais de R$ 100 milhões aos cofres públicos.
Para Edlailson Pimentel da Silva, coordenador estadual da ABSOLAR no Acre, o avanço da energia solar no País é fundamental para o desenvolvimento social, econômico e ambiental do Brasil e ajuda a reduzir a pressão sobre os recursos hídricos e o risco da ocorrência de bandeira vermelha na conta de luz da população.
“Como muitos estados da região Norte do país ainda dependem dos combustíveis fósseis, mais caros e poluentes, para suprimento de eletricidade dos cidadãos e do setor produtivo, o crescimento da energia solar no Acre tem sido portanto fundamental para melhorar a qualidade da energia elétrica no território acreano. Ela garante mais segurança, autonomia e independência aos consumidores a partir de uma fonte limpa e renovável”, comenta.
Para o presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, o crescimento da geração própria de energia solar fortalece a sustentabilidade, o protagonismo internacional do Brasil, alivia o orçamento das famílias e amplia a competitividade dos setores produtivos brasileiros.
“A fonte solar é uma alavanca para o desenvolvimento do País. Em especial, temos uma imensa oportunidade de uso da tecnologia em programas sociais, como casas populares do programa Minha Casa Minha Vida. Também na universalização do acesso à energia elétrica pelo programa Luz para Todos, bem como no seu uso em prédios públicos, como escolas, hospitais, postos de saúde, delegacias, bibliotecas, museus, parques, entre outros, ajudando a reduzir os gastos dos governos com energia elétrica para que tenham mais recursos para investir em saúde, educação, segurança pública e outras prioridades da sociedade brasileira”, conclui Sauaia.