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GLP teve alta de 131% nos últimos quatro anos

Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que o preço médio do gás (GLP) nas refinarias da Petrobrás teve alta de 131% entre junho de 2017 até o primeiro mês de 2021, com 22 movimentos de aumento e  de decréscimos no preço. Chama atenção o fato de que, neste mesmo período, a variação do preço do barril de petróleo ficou em 15% e a inflação medida pelo INPC (IBGE) em 15%.

“O que encarece os preços dos combustíveis no Brasil é a política de reajuste que a Petrobrás vem adotando desde 2016, que se baseia no preço de paridade de importação (PPI), que tem o mercado internacional como um dos vetores. Isso mesmo sendo o Brasil autossuficiente na produção de petróleo e com as refinarias da Petrobrás capazes de fornecer quase a totalidade dos combustíveis de que o País precisa. O resultado disso é a aceleração dos reajustes de preços dos combustíveis no País, afetando diretamente as classes mais baixas, pelo efeito cascata gerado sobre a inflação de alimentos e outros gêneros de primeira necessidade”, afirma Deyvid Bacelar, coordenador geral da FUP.

A alta nos preços dos combustíveis é um dos 10 itens na pauta da greve dos caminhoneiros marcada para começar na segunda-feira (1º de fevereiro). A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus sindicatos apoiam a paralisação, com ações localizadas em todo o País. A greve é encabeçada pela Associação Nacional de Transporte no Brasil (ANTB) e ganhou força com o novo aumento do preço médio da gasolina e do diesel entregues nas distribuidoras, implementado pela Petrobrás desde o dia 27 de janeiro.

Além dos preços justos para combustíveis, estão na agenda dos caminhoneiros, com apoio dos petroleiros: o enfrentamento da crise sanitária (ampliação dos recursos para o SUS e defesa das medidas de distanciamento social) e o enfrentamento da crise econômica (retomada do Auxílio Emergencial), defesa do Programa de Proteção ao Emprego; luta contra o teto dos gastos e contra a reforma administrativa). A mobilização, que reúne FUP, Centrais Sindicais e Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, defende também o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

No dia 01 de fevereiro, sindicatos afiliados à FUP fizeram doações para famílias em vulnerabilidade social de botijões de gás, cestas básicas, marmitas e máscaras. “Essas ações de doação dos botijões são uma forma de apoiar as famílias mais vulneráveis neste momento difícil, em que o governo promove um aumento de preço descabido, e chamar a atenção para esse problema”, disse Tadeu Porto, diretor de Comunicação da FUP. Além disso, combustível será vendido a preço justo. A lista com ações de cada Sindipetro será atualizada nos próximos dias com a decisão de outros sindicatos, por ações de apoio à greve.

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