Recentemente, São Paulo enfrentou seu segundo apagão que novamente impactou milhões de pessoas, causando transtornos em setores essenciais como transporte, saúde e comércio. Com o avanço das mudanças climáticas, a cada nova tempestade está se tornando comum ter milhares de casas e estabelecimentos comerciais sofram com apagões por horas ou até dias.
Esses eventos destacaram a vulnerabilidade da infraestrutura elétrica da cidade, especialmente diante do aumento da demanda e das mudanças climáticas, que intensificam a frequência de eventos extremos. Essas situações não apenas revelaram os desafios atuais, mas também reacenderam a urgência de se investir em soluções energéticas mais eficientes e sustentáveis.
Durante os apagões, muitos prédios e comércios recorrem ao uso de geradores movidos a diesel, uma solução que, embora imediata, apresenta altos custos e é insustentável a longo prazo. Nesse contexto, surge uma pergunta fundamental: como garantir um fornecimento de energia que seja seguro, ininterrupto e sustentável?
Uma das soluções mais promissoras para enfrentar esses apagões é o uso de sistemas de armazenamento com baterias, que podem ser integrados a painéis fotovoltaicos ou à rede elétrica existente. Esses sistemas são capazes de suprir a demanda elétrica, armazenando energia que pode ser utilizada em momentos de falha no fornecimento da rede e que atualmente podem ser instalados em residências por custos que vêm se tornando cada vez mais acessíveis. Dessa forma, proporcionam uma fonte autônoma e confiável, promovendo eficiência e sustentabilidade, além de contribuir para a independência energética.
Os sistemas fotovoltaicos funcionam aproveitando a radiação solar como fonte primária de geração de energia. Os painéis solares captam a luz do sol e a convertem em corrente contínua (CC) por meio de células fotovoltaicas. Essa corrente é então gerida por um controlador de carga, que regula a energia para carregar as baterias. Quando necessário, um inversor transforma a corrente contínua em corrente alternada (CA), permitindo o uso em aparelhos elétricos. Um medidor de energia monitora o fluxo entre o sistema e a rede elétrica.
Os sistemas fotovoltaicos com baterias oferecem várias vantagens em relação aos convencionais que dependem exclusivamente da rede elétrica. Primeiramente, eles proporcionam independência energética, permitindo que o consumidor controle sua própria geração e consumo de energia. Reduzem também a dependência das distribuidoras e mitigam o impacto de falhas na rede. Além disso, esses sistemas podem ser instalados em áreas remotas onde a rede elétrica é precária ou inexistente.
Outra vantagem significativa é a economia financeira. Os sistemas fotovoltaicos com baterias podem reduzir os custos da conta de luz, aproveitando um recurso gratuito e abundante como o sol. Isso também ajuda a evitar multas por excesso de consumo ou demanda, que podem ser aplicadas pelas distribuidoras.
Adicionalmente, a sustentabilidade ambiental é um ponto forte desses sistemas. Eles contribuem para a preservação do meio ambiente, utilizando uma fonte de energia limpa e renovável, que não emite poluentes e evita perdas significativas de energia durante o transporte pela rede elétrica.
Para adotar uma solução de energia renovável, é necessário seguir alguns passos. O primeiro é estudar a viabilidade técnica e econômica do projeto, levando em conta a disponibilidade de energia na rede, custos e condições climáticas do local. Em seguida, é importante escolher equipamentos de qualidade, considerando eficiência, garantias e assistência técnica dos fornecedores. Por fim, a contratação de uma empresa especializada para realizar o projeto, a instalação e a manutenção é essencial para garantir conformidade com normas técnicas e de segurança.
Os sistemas fotovoltaicos com baterias emergem como uma solução indispensável para enfrentar os desafios dos apagões, garantindo um fornecimento de energia seguro, confiável e sustentável. Essa abordagem não apenas fortalece a resiliência do sistema elétrico, mas também promove a independência energética do consumidor. Além de contribuir para um futuro mais sustentável e autônomo.
